segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Planeta Atlântida 2011

Saí de casa dizendo que era o último, e acho que foi. Foi ruim? Pelo contrário, o evento estava maravilhoso, porém acredito que não me encaixo mais no perfil do público que o freqüenta, e acredito também que o mesmo perdeu um pouco do objetivo de confraternização pela música...

A diversidade musical estava bastante presente, do Rock ao Sertanejo, da Música Eletrônica ao Pagode. A valorização de músicos locais e encontros marcantes de grandes nomes.

Uma coisa que me emociona no Planeta é o orgulho, quase (ou totalmente) bairrista do Gaúcho, que muitas vezes se torna intransigente, mas emociona mesmo assim. Tu percebe claramente que o grito que exclama este orgulho é verdadeiro e é bonito! Quando não ultrapassa os limites do bom-senso e do respeito, como aconteceu em anos anteriores, não o vi nesta edição.

Luan Santana foi esperto e deu um golpe de mestre no início de seu show: segurou a bandeira do RS, colocou um lenço e cantou, junto com o coro de quase 50 000 vozes, o quase hino “Querência Amada”. Ganhou o público bairrista desde então. Falando nele, apesar de não ser adepta ao seu gênero musical, não é possível deixar de elogiar seu show, o qual pode ser considerado um verdadeiro espetáculo, com efeitos, fogos e performances do artista, que, positivamente, valoriza o trabalho de suas backing vocals, que quebram tudo na simpatia e no ‘vozeirão’. Tem apenas 19 anos e, acredito, que vai longe. Está pronto para isso!

Ivete Sangalo não deixou a desejar: elegância, simpatia, alegria, respeito pelo público e a euforia que contagia. Um show para não colocar defeitos.

Um show que esperei bastante foi a da Banda Restart. Não por ser admiradora do grupo ou gostar de seu som, mas pela expectativa do que seria apresentado ali, naquele palco que evoca tamanha responsabilidade dos artistas. O show foi um verdadeiro circo. A ansiedade e o nervosismo da banda era evidente. As performances me deixaram perplexa, até agora não entendi o que Pe Lanza, vocalista da banda, queria imitando, de forma tão engraçada ( na real não sei que palavra usar) o Michael Jackson. Enfim... É cedo e eles tem uma longa caminhada pela frente, que bom!

‘O’ show da primeira noite foi o de Armandinho. Sou fã e admiradora confessa e, mais uma vez, fiquei contagiada com a energia do artista. Uma mistura de pai orgulhoso, surfista indignado e artista consequente. Suas músicas com reflexões conscientes, fizeram do seu show um momento de manifestação de diferentes indignações sociais e pontuais. Ao final do show me senti orgulhosa de te-lo como a trilha sonora minha adolescência e de ouvir uma amiga dizendo “a Angela me fez viciar nele”. Armandinho provou seu caráter e sua moral exemplar ao negar-se a cantar um dos principais hits que o lançou na cena musical, pela alusão que o mesmo faz ao uso de drogas. Fez isso em forma de protesto, deixando a seguinte mensagem: “a droga passou dos limites!”.

Na segunda noite, todos os méritos para Paralamas do Sucesso e seu feliz encontro com Frejat. Música de qualidade, letras harmoniosas, que trazem lembranças, mandam recados e a visível emoção dos artistas pela oportunidade do encontro. Cinqüenta minutos que valeram a noite!

A cena eletrônica estava muito bem representada no espaço E-Planet, que trouxe grandes nomes do gênero para o evento, que garantiram pista lotada a noite toda. Assim como no espaço Farms, que teve duas noites de animação sertaneja garantida. Os talentos locais estavam muito bem representados no Palco Pretinho convida, no meio do bosque da Saba.

Afora lama, chuviscos e alguns contratempos de desavisad@s, o Planeta Atlântida, mais uma vez, foi um sucesso. E nós da ONE NYX estávamos lá de olho, pois, como já divulgado, uma das atrações do evento estará presente na 3ª Vibe de Páscoa, dia 23 de abril, em Arvorezinha.

Por Angela Marin Pertile – Assessoria de Comunicação

Texto de responsabilidade da autora e pode não expressar a opinião total ou parcial da One Nyx sobre o assunto.

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